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Cursos EAD devem ter crescimento em 2022
Modelo de ensino é apontado como meio democrático para que o aluno continue sua formação profissional e acadêmica. Foto: Julia M Cameron/Pexels
De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o ensino a distância (EAD) tende a superar o presencial em 2022. Segundo o levantamento, a busca por cursos em EAD cresceu 59% entre 2020 e 2021, em comparação aos anos anteriores.
A entidade já previa que o ensino remoto seria maior que o tradicional em 2023, mas a pandemia de Covid-19 teria acelerado o processo, e a expectativa é que, no próximo ano, essa realidade se confirme.
O Censo da Educação Superior do Ministério da Educação também apontou que a quantidade de estudantes que ingressaram nos cursos a distância aumentou significativamente. Os dados mostram que o número de matrículas cresceu 378,9% entre 2009 e 2019.
A pandemia, junto a já crescente evolução do EAD, fez com que esse modelo de ensino crescesse em ritmo cada vez mais acelerado nos últimos anos. A modalidade é apontada como um dos meios mais democráticos para que o aluno continue sua formação profissional e acadêmica.
Dentre as diversas possibilidades de ensino à distância, os cursos de formação ganham espaço, como o Yellow Belt, que capacita profissionais com conceitos de melhoria contínua que podem ser aplicados em diferentes áreas, como indústrias, companhias de logística, hospitais, bancos e varejo.
EAD para mudar de carreira
Um levantamento feito pela empresa Kaspersky apontou que 53% dos profissionais brasileiros consideram trocar de emprego até 2022. As principais motivações para a mudança na carreira incluem a necessidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o desejo por salários mais altos, a busca por uma função mais significativa e a redução da quantidade de tempo trabalhado ou do estresse gerado por ele.
Na busca por um novo ofício, mais adequado a seus interesses pessoais, a historiadora Sônia Rodrigues encontrou o caminho no ensino a distância. A partir de uma graduação EAD em Letras, ela busca aprimorar conhecimentos e usufruir da flexibilidade de estudar e trabalhar sem fronteiras.
“A pandemia fez com que eu pensasse em estudar logo, pois comecei a fazer correções de textos para amigos e a escrever artigos próprios”, conta Sônia. Além da segunda graduação, ela também se dedica a outros cursos on-line específicos para o seu atual trabalho no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Tecnologia aliada à Educação
Sônia é estudante da primeira universidade pública virtual do Brasil, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Para ela, as principais vantagens do EAD são não precisar se deslocar, poder fazer o próprio horário, ter contato com professores renomados e trocar experiências com pessoas de outros estados e países.
Quanto aos desafios, Sônia considera ser necessária muita atenção para manter a organização e para lidar com a falta de contato presencial.
A tecnologia é aliada da educação a distância, mas novos paradigmas têm surgido, com atividades cada vez mais virtualizadas. “Estamos vivendo uma revolução tecnológica e ainda não temos certeza de tudo o que virá”, acredita a historiadora.
Para a agora estudante de Letras, os limites do novo modelo de estudo são fatores importantes que ainda estão sendo moldados, para se conciliarem com outros aspectos da vida, sem prejuízos.