Armando Teixeira Junior

Reunião do sindicato com os funcionários de escolas estaduais de Atibaia que estão com salários atrasados

Uma situação preocupante está acontecendo com funcionários terceirizados de escolas estaduais de Atibaia. Segundo informações, confirmadas pelo sindicato que representa a categoria, já são dois meses trabalhando sem receber salários, vale-refeição, cesta básica e vale transporte; a primeira parcela do décimo terceiro salário também não foi paga.

Funcionários das escolas estaduais se mobilizaram para ajudar as famílias que estão passando por sérias necessidades por causa do atraso nos vencimentos. A empresa Barus Serviços Terceirizados é a responsável pelos funcionários que estão com os salários em atraso.

A diretora do SINDITERCEIRIZADOS,  Rosemary Pimenta, que representa a categoria, afirmou que a empresa responsável ainda não respondeu sobre eventuais motivos que justifiquem o atraso nos pagamentos, e que algumas doações estão sendo arrecadadas para ajudar os funcionários que mesmo sem receber continuaram trabalhando.

Rosemary conversou brevemente com o Portal Atibaia News, e deu mais detalhes sobre a situação dos trabalhadores terceirizados das escolas estaduais de Atibaia.

Portal Atibaia News: Quais profissionais e de quais escolas, estão atualmente com salários atrasados? São profissionais terceirizados?

Recebemos esses contatos no final de novembro. A maior parte dos trabalhadores são auxiliares de limpeza. Prestam serviços nas escolas estaduais das cidades de Atibaia, Piracaia.

Qual o período desse atraso? Quem têm a responsabilidade direta em honrar esses vencimentos?

São 2 meses sem receber salário, sem receber a cesta básica, sem receber o vale refeição, sem receber o vale transporte. A empresa também não pagou a primeira parcela do 13º salário.

A responsabilidade de honrar com os pagamentos é da empresa, porém quando a empresa deixa de cumprir com as obrigações, o sindicato aciona o tomador, nesse caso, o Estado.

Como tem sido a atuação do sindicato para reivindicar os direitos desses trabalhadores?

Recebemos as denúncias e logo disponibilizamos uma equipe para ir até esses trabalhadores.

Visitamos 11 escolas estaduais. Conversamos com 23 trabalhadores, todos terceirizados. E essas irregularidades vem ocorrendo com todos.

A empresa foi notificada,  se não entrar em contato dentro do prazo,  para nos informar quando irá sanar as irregularidades, faremos a denúncia no Ministério Público do Trabalho. Em último caso, reuniremos os trabalhadores, e ingressamos com ação conjunta na Justiça do Trabalho.

Quais as justificativas para esses atrasos?

Não temos retorno da empresa.

Como fica a situação desses trabalhadores com a chegada do fim de ano?

Mesmo assim, continuam indo trabalhar. Vivendo com doações e “vaquinha” que alguns funcionários das escolas (diretores, coordenadores) estão fazendo, isso é um absurdo, a empresa não aparece. Tem funcionária que nos relatou que está sendo despejada, porque não tem dinheiro para pagar o aluguel. 

O único contato que esses trabalhadores tinham com alguém da empresa, era uma supervisora, que informou que estava se afastando da empresa. Portanto no momento, estão sem nenhum contato, ninguém da empresa para dar satisfação a eles, um prazo de quando irão receber os salários e benefícios em atraso