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POSTADO EM 06/04/2021 - 15h23

Em Atibaia, medicamentos para pacientes graves de Covid-19 podem acabar em dez dias

Falta de insumos utilizados em UTI e para intubação é grave em todo o país. Atibaia sofre também com a falta de profissionais de saúde para ampliar número de leitos para pacientes de Covid-19 (foto: Reuters/ via BBC)

Armando Teixeira Junior

Atibaia pode em breve sofrer com a falta de insumos para pacientes graves de Covid-19; a informação é baseada em dados da Secretaria Municipal de Saúde. 

Os insumos são anestésicos, medicações, além de equipamentos e materiais utilizados para procedimentos como a ventilação mecânica ou intubação. 

Essa é a nossa grande preocupação, porque o estoque de medicamentos, incluindo sedativos, anestésicos e relaxantes musculares, nos hospitais privados e na Santa Casa, é suficiente para cerca de sete a dez dias.” Afirmou a Secretaria da Saúde através da Assessoria de Imprensa de Atibaia. 

Em relação ao abastecimento de oxigênio, Atibaia não está em situação de risco.  

Com a lotação dos hospitais em todo o país, a demanda por insumos essenciais aumentou muito, o que têm dificultado a aquisição de novas remessas no mercado nacional. 

Atibaia sofre também com a superlotação do seu sistema de saúde que atualmente tem 100% de ocupação de leitos SUS e pacientes em fila de espera 

Diariamente é publicada uma listagem de pessoas aguardando vaga. Nesta segunda-feira, dia 5 de abril, tínhamos oito pacientes aguardando vaga de UTI e um paciente aguardando vaga de enfermaria. Informou a Secretaria de Saúde. 

Segundo o município os pacientes que seguem aguardando vaga, estão sendo cuidados, mesmo não estando em leitos de UTI oficiais.  

A Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS) é a responsável pela distribuição de vagas quando os hospitais da região bragantina se encontram com 100% de ocupação. Com isso alguns moradores de Atibaia chegaram a ser transferidos para outras cidades, mas no momento a falta de vagas têm atrapalhado também esse remanejamento. 

Segundo dados da Secretaria de Saúde: em 2020, apenas 5 pacientes foram transferidos para fora da região, um era morador de Atibaia e quatro de Mairiporã. Em 2021, a situação se agravou e aumentou o número de pacientes de Atibaia que precisaram ser realocados em hospitais de outras cidades, até esta segunda-feira, dia 05, 17 pacientes foram transferidos para fora da regional, dos quais 16 eram de Atibaia e um de Jarinu.  

Outra saída para atender melhor a população seria a abertura de novos leitos, que só não foi viabilizada até o momento pela falta de medicamentos e profissionais de saúde: médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. 

O prefeito já autorizou há algum tempo a instalação de novos leitos de UTI para tratamento de pacientes com Covid e estávamos nos organizando para isso, mas tivemos dificuldades na compra de medicamentos e contratação dos profissionais de saúde especializados. Tanto na rede pública, quanto na rede privada, e em todo o país, o maior problema não é a falta de leitos e sim de insumos necessários e profissionais de saúde especializados para o tratamento de pacientes em estado grave. Confirmou a Secretaria de Saúde. 

O Portal Atibaia News entrou em contato também com a Assessoria de Comunicação do Hospital Novo Atibaia, e perguntou sobre a situação dos insumos para pacientes graves de Covid-19. O hospital informou que devido a situação atual adotou protocolos para uso racional dos insumos disponíveis e que seguem buscando junto aos fornecedores as medicações necessárias.  

Segue abaixo a nota disponibilizada pelo Hospital Novo Atibaia, sobre o assunto, na íntegra. 

O Hospital Novo Atibaia esclarece que está monitorando diariamente os estoques de insumos utilizados para a intubação e assistência ventilatória aos pacientes de COVID-19 atendidos nas CTIs. 

HNA adotou protocolo de uso racional destes insumos baseado em literatura médica disponível, a fim de fazer uso as medicações em sua melhor potencialidade associado a uma assistência baseada em melhores práticas. 

Reiteramos que estamos buscando, junto aos principais fornecedores e em conjunto com demais hospitais privados associados à Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), obter estas medicações no mercado interno e externo. 

 

 

 

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