O descarte do lixo é um desafio no Brasil, porém, já existem mudanças sustentáveis para reduzir a quantidade de matéria em aterros sanitários. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado pela ABRELPE em 2020, na última década, houve um aumento de 10 milhões de toneladas nos aterros sanitários no país.

O processo de tratamento de esgoto, por exemplo, após toda a limpeza do material coletado, gera um resíduo sólido final, constituído basicamente de lodo, que, até então, era descartado em aterros sanitários. Dados publicados pela Tera Ambiental apontam que são despejados por dia, 500 toneladas de lodo nos aterros sanitários no estado de São Paulo. Esses números revelam a necessidade de alternativas mais sustentáveis para a redução dos sólidos nesses locais.

Pensando nisso, a Atibaia Saneamento, empresa do grupo Iguá e que mantém uma Parceria Público-Privada com a SAAE, na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Estoril, extrai por mês, aproximadamente, 50 toneladas de lodo, que é o composto de massa orgânica gerado nos tanques de aeração durante o processo de tratamento do efluente. Após passar pelo leito de secagem, esse material é destinado à uma empresa localizada na cidade de Jundiaí que realiza a compostagem, fechando o ciclo sustentável desse insumo que seria descartado nos aterros sanitários da cidade e região. “Esse aproveitamento do lodo é totalmente benéfico ao meio ambiente, afinal o que seria lixo, é transformado em fertilizantes ricos em nutrientes e matéria orgânica para a agricultura”, comentou Sérgio Bovo, diretor operacional da empresa.

O reaproveitamento agrícola na compostagem é uma opção rentável e segura para o produtor rural que pode trabalhar com o insumo que é cerca de 50% mais barato que os adubos tradicionais, além de ser positivo do ponto de vista ecológico. A sustentabilidade está na base de valores da Iguá Saneamento, controladora da Atibaia Saneamento, e ações dessa natureza permeiam o dia a dia das operações. “O que está em jogo são os bens mais valiosos do planeta: a saúde das pessoas, a conservação do meio ambiente e o funcionamento da economia mundial”, ressaltou Bovo.