Olá, seja bem-vindo a Portal Atibaia News
POSTADO EM 05/06/2021 - 18h52

Crescer ou preservar? O desafio das cidades em relação ao meio ambiente

No dia mundial da ecologia e do meio ambiente, o gestor ambiental Adriano Andreo Dantas da Silva fala sobre como as cidades podem seguir crescendo de forma sustentável respeitando as leis ambientais

Armando Teixeira Junior

O dia 05 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A iniciativa tinha como objetivo chamar a atenção da sociedade para a preservação dos recursos naturais do planeta em meio à uma série de problemas de sustentabilidade que colocavam em risco a riqueza natural do planeta.

De lá para cá, a situação segue desafiadora, e a luta para a preservação do meio ambiente precisa ser amparada por leis que regulem a ação do homem e tente frear o desmatamento, a extinção das espécies e a poluição do ar e dos rios.

Cidades como Atibaia, acabam por sofrer com o dilema entre crescer e preservar, entre priorizar o desenvolvimento ou a conservação de suas riquezas naturais. Nesse momento entra em cena o trabalho de empresas de consultoria e licenciamento ambiental.

O engenheiro agrônomo Adriano Andreo Dantas da Silva, fez pós-graduação em Gestão Ambiental e Sistemas Florestais e atualmente trabalha como Consultor e Gestor Ambiental da empresa Ponto Ambiente.  

Adriano explica que a empresa de consultoria ambiental atua promovendo um elo de ligação entre o órgão ambiental licenciador e todos aqueles que desejam desenvolver alguma atividade que envolva inspeção de vegetação, intervenção em áreas de preservação, uso de fontes naturais de água, licenças de operação de indústrias entre outros.

“Como exemplo, desde o mais simples que seria o corte ou remoção de uma árvore em um local que alguém deseja construir uma edificação até projetos mais complexos de instalação como loteamentos comerciais, residenciais ou industriais, projetos de estradas rodovias, parques temáticos, shoppings centers, aeroportos, rodoviárias...” Explica.

O trabalho de gestores ambientais é, portanto, essencial para o crescimento sustentável de cidades e para que as leis ambientais sejam cumpridas. A fiscalização de obras garante ainda a segurança dos empreendimentos e das pessoas envolvidas e pode evitar desastres ambientais como os de Brumadinho e Mariana por exemplo.

“Sobre os desastres de Mariana e Brumadinho, acredito que eles poderiam sim ter sido evitados através da gestão e análise de riscos prévio, antes de tudo ter acontecido, e também através de uma fiscalização mais incisiva de quem administra as barragens. O acidente poderia ter sido evitado ou ao menos ter seus danos minimizados através de um plano de contenção de acidentes.” Opina Adriano.

Legislação e Crescimento Urbano

Infelizmente é bastante comum encontrar nos meios de comunicação notícias sobre desmatamento, poluição, tráfico de animais, ocupação irregular de espaços naturais, garimpos clandestinos entre outros.

Segundo Adriano, não é por falta de leis que isso acontece.

“Com relação as leis ambientais, acredito que o Brasil tenha a mais completa e complexa legislação do mundo. Se você vasculhar a literatura onde você vai encontrar leis que falam sobre a proteção desde o nosso subsolo até o ar? Aqui em nosso país temos leis que protegem nosso minério, nossa água, nossas matas ciliares, fragmentos de vegetação, os vários tipos de biomas, a fauna... Portanto em relação a legislação ambiental existe um leque amplo de proteção ao meio ambiente no país”.

Assim como em outras esferas da sociedade, o que é necessário em relação ao meio ambiente é uma maior fiscalização e rigidez no cumprimento das leis, nesse sentido o papel das empresas de consultoria e licenciamento ambiental são mais uma vez essenciais.

As cidades tentam a todo custo criar alternativas para seguir crescendo sem que isso signifique diminuir ainda mais sua área verde. Município como Atibaia, conhecidos pelas suas belezas naturais, são aqueles que a todo momento precisam escolher entre aprovar um projeto de crescimento urbano ou rejeitá-lo considerando os impactos naturais que ele irá causar.

O gestor ambiental explica que na sua opinião é possível conciliar crescimento e preservação.

“Acredito que as cidades podem sim crescer de maneira sustentável. Através da elaboração de planos diretores que visam respeitar o meio ambiente e do uso de ferramentas tecnológicas. É possível dividir o município em zonas determinando o uso mais adequado e correto para cada uma delas, de forma que a ocupação cause o mínimo impacto possível nos recursos naturais.”

Para concluir, Adriano ressalta que existe ainda a necessidade da conscientização da população e de uma educação que estimule a consciência ambiental de cada um.

“Precisamos de uma mudança em nossa cultura, em nossa educação, instituir na grade curricular educacional a disciplina de Educação Ambiental como uma disciplina obrigatória em nosso país”. Conclui.

Para conhecer em detalhes o trabalho de Adriano e da Ponto Meio Ambiente acesse as redes sociais:

https://www.facebook.com/ponto_ambiente-108369254781963

https://instagram.com/ponto_ambiente?utm_medium=copy_link

VOLTAR